29 janeiro 2011

Simples Atracção


Uma semana depois o velhinho "Simples Atracção" voltou a aparecer... sem motivos ou justificações... as histórias habituais vão voltar ao seu espaço de sempre...


http://simplesatraccao.blogspot.com/

20 janeiro 2011

Prova dos Nove

A D. Florinda era empregada em casa da minha avó já á bastantes anos, e era uma senhora que sempre gostou muito de mim, e eu também gostei muito dela. Gente pobre, humilde mas sempre muito honesta.

Sempre que eu precisava de uma limpeza maior na minha casa, ela fazia-me esse serviço, sem me cobrar nada. Eu nunca sabia como lhe agradecer.

Uma vez, em conversa com a minha avó, soube que a Rosário, a filha da D. Florinda, andava com negativa a Matemática, e eu, logo me ofereci para a ajudar, pois quando estava a acabar o curso na Faculdade, já tinha trabalhado num Centro de Explicações, precisamente de Matemática.

Agora era a minha vez de retribuir, e não iria cobrar nada, aliás, nem me sentiria bem comigo mesmo a cobrar dinheiro á D. Florinda. 

A Rosário era uma jovem interessante, uma beleza discreta, inteligente, e com uma timidez que por vezes se perdia, e se tornava totalmente desinibida. Tinha de ajudar aquela jovem a não reprovar.

A confiança que ela ganhou comigo, começou a servir em muitos casos, para ela me fazer perguntas que não consegui fazer à mãe, ou aos professores:” - O que é um Orgasmo? Como é que se consegue ter prazer?”

Eu achava graça às perguntas, e tentava sempre responder de uma forma séria. Até que num determinado dia, ela disse que ouvia as colegas a falar em masturbação e prazer, mas ela já tinha tentado, não sentia nada de especial, e perguntou-me se eu a podia ajudar.

Bem, fiquei um pouco sem jeito, e ela num momento em que perdeu por completo a timidez, baixou as calças, ficando apenas com umas cuecas rosa vestidas, e disse-me: “- é assim que eu faço, mas não sinto nada de especial. Ou será que estou a fazer mal?

Eu fiquei vermelho como um tomate, não esperava um comportamento daqueles, mas também percebi que eram perguntas inocentes, sem segundas intenções, de uma jovem que apenas procurava conhecer melhor o seu corpo, e sentir o verdadeiro prazer de ser mulher.

Pedi-lhe então que se despisse por completo e disse-lhe: “- Toca-te sem receios nem pudor, entrega-te ao prazer, abre os lábios da tua intimidade, e de mansinho passa os dedos por todos os recantos, e mima-a, aumentado o ritmo onde mais gostas, sentindo a humidade, deslizando os dedos, como se estivesses a folhear um livro, vai descendo, coloca-os dentro dela, com o polegar amacia o teu clítoris, deixa-te levar pelo prazer usando a imaginação. Sente-te possuída pelo prazer do teu corpo e irás ser levada para um mundo longínquo onde só existe o teu prazer, e onde o teu corpo vai vibrar de uma forma incalculável, que dificilmente irás esquecer, e que depois irás querer repetir vezes sem conta, durante toda a tua vida…”

Olhei para o rosto dela, e parecia viajar por outros planetas. Perguntei-lhe se estava a gostar, mas ela não me respondeu. A resposta estava dada na expressão facial, gemidos de prazer e a sua curiosidade passou a desejo. Não lhe disse mais nada. Senti que a tinha orientado bem, e que ela já seguia no bom caminho.

Depois de ela suspirar bem forte, e de mais relaxada e aliviada, diz-me: “Ui professor, que coisa tão louca. Adorei toda esta descarga de sensações que torturava meu corpo, e que me fez vibrar descontroladamente de prazer fazendo me sentir mulher. Estou deliciada com o meu 1º orgasmo e com uma enorme vontade de repetir, vezes sem conta. Se isto é a verdadeira sensação de ser mulher, adoro ser mulher”

Foto: Susanne Dittrich (Corbis.com)

15 janeiro 2011

Efeito da Neve

A empresa ganhou um concurso público, em que teria de instalar um sistema, em todas as capitais de distrito, de Portugal Continental. Os escolhidos para fazer uma primeira análise, em todos os locais, fui eu e a Carmen. 

Nós tínhamos 18 dias para percorrer as 18 capitais, ia ser uma terrível, e stressante maratona contra o tempo, pois apesar de a análise no local, nem ser uma tarefa muito demorada, mas o tempo a viajar ia ser muito.

As coisas foram correndo bem, eu e a Carmen estávamos a fazer uma boa equipa, e estávamos a conseguir dar bem conta do recado, mas os problemas começaram a aparecer quase no final, quando apenas nos faltava a região do Nordeste do país.

Estávamos a circular na A24, entre Viseu e Chaves, quando fomos surpreendidos com um forte nevão, que bloqueou por completo a estrada e nos obrigou a parar. 

Estávamos bloqueados e sem possibilidade de prosseguir. Segundo a informação que a autoridade nos deu, teríamos que aguardar pelo limpa-neve. Ficamos desesperados. Foi nessa altura que a Carmen libertou todo o stress acumulado nas últimas semanas. Começou a chorar e demonstrou algum desespero. Já não via o marido nem o filho, o pequeno Sebastião, há quase duas semanas, e a viagem por todo país estava a ser desgastante.

Tentei acalma-la. Abracei-a, acariciei-a. Ela ao sentir o meu carinho ficou mais calma e agarrou-se a mim, com força. Passei-lhe a mão pelos cabelos e ela encostou a sua cabeça no meu peito. De seguida, olhou-me nos olhos, e deu-me um surpreendente beijo na boca. Não neguei e correspondi-lhe. 

Ficamos ali, durante algumas horas, dentro do carro, como se fossemos dois adolescentes. Beijos e mais beijos. As nossas mãos não permaneciam quietas, e percorriam todas as partes dos nossos corpos. Aquele momento estava a trazer-me à memória, as primeiras vezes que sai de carro com uma namorada.

Estávamos isolados, e tudo era permitido, mas apenas estávamos a saciar a nossa carência de afectos, e fazer esquecer, a distância que estávamos das pessoas que mais gostávamos. Aquela intimidade, por estranha que parecesse, até era normal, pois eu e a Carmen estávamos juntos há mais de duas semanas, e já tínhamos feito centenas de quilómetros juntos.

Algumas horas depois, quando a estada ficou livre, já tinha passado a hora de fazer o nosso serviço, e fomos directos para o hotel, que estava reservado em Bragança. Nessa noite, à semelhança das outras, tínhamos dois quartos reservados. Depois de passarmos a recepção e de subirmos a escada, acabamos por ficar os dois no quarto dela. Todas aquelas carícias, e trocas de afecto durante a tarde, abriu-nos o apetite para mais.

Acabamos por nos entregar um ao outro, atirando tudo para trás das costas. Foi tudo tão intenso. Estávamos a precisar de libertar toda a energia acumulada nas últimas semanas. Aquela mulher tinha um corpo, que não deixava nenhum homem indiferente. A sua parte mais íntima era perfeita. Foi fantástico entrar dentro de tanta perfeição, em todos os sítios que eram possíveis.

Ela quis tudo. Estava insaciável. Eu correspondi no meu melhor, dando-lhe todo o prazer que ela me exigiu. Fui um homem forte e intenso, que correspondeu sempre ao ritmo que ela pedia. Ela ao inicio pediu carinho e penetrações suaves, mas ao fim de algum tempo, pediu-me que me torna-se mais violento e mais intenso. Duro, feroz e voraz. O corpo dela transbordava de desejo e de vontade.

A neve que estava na rua, não arrefecia a temperatura naquele quarto. Acabei por presentear todo o seu peito, com o vigoroso e quente líquido que saiu do meu corpo. No dia seguinte estávamos revigorados, e o nosso trabalho foi retomado como se nada tivesse acontecido, quer dizer, foi mais produtivo, pois estávamos os dois muito mais aliviados e bem-dispostos. Os nossos corpos estavam a precisar daquilo, e as nossas almas ainda mais. Juntamos a fome com a vontade de comer…

Foto: Vincent Besnault (Corbis.com)